30/04/2013

Unesp lança 54 títulos digitais para download gratuito


A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Editora Unesp disponibilizam 54 novos títulos digitais do selo Cultura Acadêmica para download gratuito.


Todos os títulos são assinados por docentes da Unesp e abordam temas da área de Ciências Humanas.

Saiba mais em: <http://agencia.fapesp.br/17177>


Além desses, vejam o que já se encontra disponível na Cultura Acadêmica, várias áreas, vários títulos de Educação.... <http://www.culturaacademica.com.br/>

Relações educacionais entre Brasil e Holanda

                               Leia aqui.

28/04/2013

Vanzolini


O compositor e zoólogo Paulo Vanzolini está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, no bairro do Morumbi, em São Paulo, para tratamento de pneumonia extensa. Ele chegou ao hospital na última quinta-feira (25), dia de seu aniversário de 89 anos.
Vanzolini permanece na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), sem previsão de alta. O boletim sobre seu estado de saúde foi divulgado na manhã deste domingo (28) e é assinado pelo médico responsável, Maurício Wajngarten.
Como compositor, Vanzolini é consagrado pela autoria de clássicos da música paulistana como "Ronda", "Samba Erudito" e "Volta por Cima". 

Making of 18


Política e lazer na URSS

Fidel Castro e Nikita Khrushchev caçando em Zavidovo na região de Moscou. 1964.

26/04/2013

Paisagem subaquática 19


Fernando Gabeira


Xadrez com os pombos

PUBLICADO EM 26.04.2013
Um dos bons momentos da minha vida de repórter foi entrevistar Arthur Bispo do Rosário, na Colônia Juliano Moreira. Bispo ficou sete anos encerrado num cubículo e reconstruiu o mundo usando o tecido do uniforme e tudo o que lhe caía na mão. Ele é só um dos grandes artistas que o manicômio revelou. No final de nosso encontro, depois de ver as bandeiras que desenhou, todos os pequenos objetos que ordenou com muito bom gosto, ele me convidou para uma partida de xadrez. O tabuleiro e as peças haviam sido feitos por ele, e tinha regras que eu não conhecia, de forma que só movemos as peças e conversamos, sem vencido ou vencedor. Esse era o jogo.
Lembrei-me dessa partida de xadrez no Aeroporto de Viracopos. Um homem pôs o laptop na bolsa, dirigiu-se a mim e disse: “Há uma frase interessante aqui, na internet”. Encorajei-o com o olhar. “Discutir com esse governo é o mesmo que jogar xadrez com um pombo. Ele sapateia no tabuleiro, desarranja todas as peças e sai com o peito estufado, proclamando vitória.” A frase fez-me pensar e os fatos foram se desenrolando dentro dela, como se ganhassem um novo trilho e nova luz.
Dilma Rousseff debatendo a inflação, por exemplo. Os índices ultrapassaram as metas e, levemente, o nível de tolerância fixado pelo próprio governo. Muitos, naturalmente, se inquietaram com a inflação. Numa de suas entrevistas, Dilma declarou que a ênfase no aumento de preços é algo de quem torce contra o Brasil, transformando o tema num jogo em que se defrontam torcedores pró e contra o Brasil. E com isso fez o País e ela se tornarem uma coisa só, numa amálgama verde-amarela que não nos deixa nenhuma chance de vitória. Saiu como um pombo proclamando vitória.
As regras do xadrez foram para o espaço de novo com Graça Foster, presidente da Petrobrás. “Acho lindo o engarrafamento”, disse ela sobre o aumento do número de carros. Como executiva, queria mostrar que seu negócio é produzir e vender petróleo e seu foco, o crescimento da empresa e a prosperidade dos acionistas. Nenhuma preocupação com a mobilidade urbana, nosso drama nas metrópoles, nem com o aumento de emissões de CO2, o drama planetário. O mundo empurra os executivos das grandes empresas para ideias bem mais avançadas do que o exclusivo foco no lucro. Decerto ela conhece o jogo. Apenas quis dar uma sapateada nas pedras do tabuleiro. Pensar como um vendedor de biscoito ou de água mineral no engarrafamento.
Já na política, sapatear é pouco. O governo e seus aliados passam com um trator sobre a oposição e criam uma lei para tornar inviáveis novos partidos. Isso depois de ter cooperado ativamente para a formação de um novo partido que fortaleceria suas bases. São os pombos mais agressivos. Embaralham as peças, fazem cocô e saem com o peito estufado: foi pelo bem do País.
Em escala continental, o xadrez será mais surpreendente ainda. Nicolás Maduro venceu na Venezuela. Mas venceu mesmo? O socialismo do século 21 entra em declínio e estamos nas duas primeiras décadas. Com o país dividido, inflação de 25%, 80% dos alimentos importados. O socialismo do século 21 está se tornando vírus tropical da doença holandesa. Dependente do petróleo, a Venezuela não consegue diversificar satisfatoriamente sua indústria. Em Buenos Aires, grandes manifestações de rua mostram a resistência ao projeto de Cristina Kirchner de controlar a Justiça. Sem falar na insatisfação econômica, nos falsos índices oficiais de inflação.
A situação do Brasil é bem confortável, o próprio Financial Times, numa comparação negativa com o México, reconheceu pontos fortes na economia brasileira. Ainda assim, o medo começa a bater e o jogo, a ficar mais duro. A retórica eleitoral do governo não deixa dúvida de que vai destinar à oposição o papel de Joseph K de O Processo, de Kafka: tudo o que falar vai se voltar contra você.
Esse embaralhar do jogo nada vale nos momentos de verdade. Maduro abandonou o espírito de Hugo Chávez, que lhe aparece em forma de passarinho. E soltou o verbo: “Poderia ter-me matado” – referia-se ao manifestante que o interceptou na tribuna e lhe tomou o microfone na cerimônia da posse. Ao menos ficou claro que seu esquema de segurança não presta.
Os ventos mudam em Caracas e vão mudar na América do Sul. A oposição não pode ficar só apanhando e dizendo: “Olha o que fizeram conosco”. É preciso jogar um xadrez real, discutir entre si e encontrar meios de somar forças. Ela não precisa repetir que ama o Brasil nem usar boné da Petrobrás. A inquietação com a alta inflacionária já é uma forma de querer bem o País. E quanto à Petrobrás, o petróleo é nosso, mas as bobagens, não.
Embora o cotidiano pareça cheio de absurdos, as perspectivas são boas no longo prazo. Li na Atlantic interessante artigo sobre a importância de dar um sentido à vida. A articulista, Emily Smith, afirma que isso é mais importante que a busca da felicidade. Baseia-se na vida e obra do psiquiatra Viktor Frankel e sua experiência num campo de concentração. O próprio Frankel suportou melhor o campo porque foi para lá por amor aos pais. Publicou um livro chamado O Homem em Busca do Sentido. Pelo que li, o sentido pode ser encontrado no amor à família ou mesmo numa profissão.
Mas existe esse nesga de sentido voltada para o país, para o futuro comum, que não deve ser desprezada. Esse sentido pode materializar-se num programa, num conjunto de atitudes, num desejo de mudança. Tudo isso também depende da existência de uma oposição.
No passado, a oposição cantava Bob Marley para o povo: get up, stand up, fight for your rights. No Brasil esse processo será invertido: a sociedade é que vai cantar Bob Marley para a oposição. Com visão de médio prazo, trabalho cotidiano, sem estar fixada apenas nas eleições, é possível, aos poucos, descortinar um caminho diferente do atual, diferente do que o antecedeu, uma resposta às novas circunstâncias do País. Só assim é suportável o xadrez com os pombos: encontrar um sentido no futuro do País.
Fernando  Gabeira
Artigo publicado no Jornal O Estado de São Paulo

Fine art nude

Egon Schiele

Absolute beauty


Amarilli mia bella


22/04/2013

O fim do processo civilizatório


 Eu acho que você deveria girar a roda em 180º. Dê no que der. 
Terá sido fora do que lhe fizeram. 
Você, por exemplo, poderia matar alguém sem motivo que você mesmo saiba. Isso seria fantástico. Seria afirmar o que a sociedade nos esconde e o que de fato somos, já que caminhamos socialmente para o fim a cada dia nos desfigurando e sofrendo calado. Não agarrando aquela coceira que o braço não alcança. Tentando coçar a ponta do dedão de um pé amputado. Tudo minuto a minuto, segundo a segundo, vais morrendo e sabes, mas dissimulas saber tentando ser uma coisa útil. 
Para quem?
O bom é sentir por instantes quem de fato somos. Um orgasmo do desejo e não da busca da não necessidade do desejo. Pior, não é brincadeira. É um desenvolvimento existencialista que nega a socialização que nos mata e servilmente sabendo, aceitamos atravessar o Estígio negando todos os nosso instintos. 
Nenhum animal faria isso.

My body belongs to me


Morte e vida severina



Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue, que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual, mesma morte severina:
que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença é que a morte severina
ataca em qualquer idade, e até gente não nascida).

17/04/2013

Sempre Elis


Fine art nude

Yolanda Dorda

Objeto do desejo


Em 2011 a Lytro apresentou uma câmera que é capaz de mudar o foco após a captura da imagem. Enquanto as câmeras tradicionais consideram os raios de luz que são expostos ao sensor, a Lytro considera o campo de luz capturando 11 milhões de raios de luz. É chamada de câmera de campo luminoso e pega todos os raios de luz de uma cena, desse modo, é possível escolher quais planos ficarão focados sendo que existem quase  infinitas escolhas, apesar disso sua resolução é menor do que a das câmeras tradicionais.
O ponto de foco final, é escolhido pelo usuário na edição da imagem. O aparelho pesa 200 g e tem o formato de um paralelepípedo. Foi desenvolvida por Dr. Ren Ng. Não necessita de flash e possui apenas dois botões, sendo que seu manuseio é bem simples.
O software de edição é compatível com os sistema Mac OS X, Windows 7 e 8. Site da empresa.

Absolute beauty


Paulo Leminski


Tempo