29/08/2013
Nasa divulga missão para visitar asteroide
POR SALVADOR NOGUEIRA - 22/AGOSTO/2013
Olhando a bela animação desenvolvida pela Nasa para mostrar sua missão de captura e visita de um asteroide, temos a convicção de que é basicamente um Kinder Ovo para astronautas.
Um Kinder Ovo bem caro.
A missão, marcada para 2025, ainda precisa ter todos os seus detalhes acertados, mas o governo Obama já separou uma grana do orçamento da agência espacial americana para gastar nela. Não quer dizer que vá chegar a termo, mas, se rolar, sem dúvida será a coisa mais empolgante que astronautas já fizeram desde as visitas à Lua, entre 1969 e 1972. E esse era basicamente o objetivo do presidente americano ao anunciar o desejo de visitar um asteroide: recapturar a imaginação do mundo com o poderio tecnológico americano.
Claro, antes disso, ele vai ter de capturar o asteroide no saco gigante mostrado nas imagens. E isso não vai ser fácil, nem baratinho. Uma vez que esse processo seja realizado e a nave não-tripulada use um motor iônico para se colocar — com o pedregulho e tudo — em órbita ao redor da Lua, os astronautas decolarão nas cápsulas Orion (ainda em fase de desenvolvimento) e no novo foguete de grande porte americano (ainda em fase de desenvolvimento) para atracar com o rebocador espacial. Note que a missão tem duas vantagens que a tornam factível: não é preciso ir muito além da órbita lunar (o que reduz o tempo de viagem e de exposição à radiação cósmica) e não se exige um módulo de pouso para descer num pedregulho espacial que é menor que o planeta do Pequeno Príncipe (quem conhece o famoso personagem de Saint-Exupéry vai saber do que estou falando).
28/08/2013
27/08/2013
26/08/2013
Beethoven's Piano Sonata No. 8 in C minor, Op. 13
Beethoven's Piano Sonata No. 8 in C minor, Op. 13 - (adagio cantabile)
25/08/2013
The Man Who Wasn't There
Assisti
ontem O homem que não estava lá (The Man Who Wasn't There) de 2001 com direção dos irmãos Joel e Ethan
Coen (recentemente indicados ao Oscar por Bravura Indômita e conhecidos por roteiros impecáveis, personagens característicos e estilo próprio).
Sensacional seria um bom adjetivo para descrevê-lo, filme em P&B, remete-nos aos policias noir das
décadas de 40 e 50 com a estória de um barbeiro (Billy Bob Thornton - que está terrivelmente bem) na Califórnia no ano de 1949 que, pelas circunstâncias, envolve-se em um labirinto de
suspense e revelações que acabam misturando assassinatos e desfechos
inesperados.
Na trilha sonora diversas sonatas de Beethoven e,
de quebra, a participação de Scarlett Johansson
linda como sempre no papel de uma adolescente cheia de segredos.
Um filme melancólico, profundo, misterioso e
brilhante.
24/08/2013
23/08/2013
22/08/2013
21/08/2013
Frágil civilidade
Nossa frágil civilidade – preconceito e doenças de pele 20.agosto.2013
DANIEL MARTINS DE BARROS
A vida em sociedade civilizada só
foi possível graças a nosso autocontrole. O uso da razão, ao nos libertar da
obediência cega aos instintos, permitiu que conseguíssemos adiar gratificações,
segurar a raiva, poupar para o futuro e, inclusive, superar preconceitos. Mas
esse controle é tão frágil que, como aconselha o apóstolo Paulo, quem pensa
estar em pé, cuide para que não caia.
Por isso não vou pelo caminho fácil
de simplesmente criticar a atitude da empresa aérea Gol, que ontem, 19/08,
discriminou o neto da coreógrafa Deborah Colcker, tentando impedir sua
permanência em um vôo por conta de uma doença de pele se ele não apresentasse
atestado. Prefiro arriscar entender – sem justificar – como a situação pode ter
chegado ao ponto que chegou. Acho mais eficaz do que a mera pichação se
quisermos trabalhar para que tais eventos não se repitam.
As doenças de pele são um dos
problemas de saúde que mais geram preconceito, por dois motivos: primeiro
porque são visíveis (há doenças mais estigmatizadas, mas que não são
evidentes). Mas, além disso – e talvez mais importante – as suas lesões geram
automaticamente uma sensação desagradável. Essa reação é instintiva e
provavelmente está programada em nosso cérebro, afinal o comportamento de
evitar contaminação é útil para a sobrevivência, e essas doenças trazem a
impressão de algo contagioso. A Sociedade Brasileira de Dermatologia
frequentemente faz campanhas de esclarecimento por conta disso, e numa bela
iniciativa a médica e fotógrafa Régia de Sica retratou crianças com doenças
como a do neto de Colcker, mostrando-as recebendo carinho e afeto de suas
famílias, tentando usar a força da arte para combater o preconceito – a
civilidade contra o instinto.
Mas o incidente na Gol, ao que
parece, não teve um ponto de partida ilegítimo – é compreensível, e mesmo
desejável, que que os tripulantes verifiquem se há a bordo pessoas que possam
transmitir doenças aos outros passageiros. Há uma lei municipal em São Paulo,
por exemplo, que diz ser “vedada qualquer forma de discriminação em virtude de
(…) doença não contagiosa por contato social no acesso aos elevadores”. Ou
seja, se for contagiosa há que se tomar precauções. Tanto que em seu emocionado
relato, Clara Colcker, mãe do garoto, conta não ter se incomodado quando
perguntam qual o problema. A partir daí, contudo, a abordagem da empresa entrou
numa escalada de hostilidade não rara de se ver em discussões que culminam em
brigas: uma vez que se estabelecem “dois lados” cada um passa a querer “ganhar
a briga” em vez de “resolver a situação”, mesmo sem se dar conta disso.
Provavelmente de forma não intencional foram criados esses dois lados no avião
– o da passageira e o da tripulação – e dali em diante, mesmo com sua explicação
de que o menino não tinha problema para viajar, os funcionários passaram ficar
mais hostis e exigir alguma “prova”, talvez para legitimar sua posição. Com
isso a família toda, e o garoto principalmente, forma expostos a
constrangimento e uma violência desnecessária.
Claro que a tripulação errou, e
obviamente não pode fugir das consequências de seus atos. Mas não creio que
todos os funcionários envolvidos sejam pessoas más – talvez se estivessem
sentados como passageiros também achassem um absurdo o que estava acontecendo.
Que seja para todos nós uma lição de como a nosso verniz de urbanidade é
superficial, e de como devemos estar alerta para controlar nossos ímpetos e
criticar nossas atitudes continuamente se quisermos nos manter civilizados.
20/08/2013
18/08/2013
16/08/2013
Milagre
Mexendo no problema errado
Por Carlos Brickman
Não é questão de nacionalidade: um dos maiores médicos do Brasil foi um ucraniano, Noel Nutels, que levou a saúde pública às áreas indígenas da Amazônia.
A questão é outra: é que o Governo criou uma enorme polêmica por achar que Saúde é Medicina. E não é: Medicina é a última etapa na luta pela Saúde.
A Saúde começa pela engenharia - saneamento básico. A água potável e os esgotos reduzem o número de doentes (e derrubam a mortalidade infantil).
Educação é o segundo passo: quem lava as mãos e cuida da higiene básica, mantém o mosquito da dengue à distância, assegura a limpeza dos animais domésticos e cuida de seu lixo tem mais condições de evitar doenças. Condições de vida são importantes: roupas e calçados minimamente adequados, alimentação suficiente e moradia saudável fazem milagres.
Se uma pessoa educada, com acesso a saneamento básico, alimentação e moradia, devidamente vacinada, mesmo assim fica doente, então sim cabe à Medicina cumprir seu nobre e insubstituível papel de cura.
Em resumo, não adianta trazer grandes especialistas mundiais sem que a população tenha condições adequadas de vida. Tem? Não, não tem.
E não falemos de periferias: aqui mesmo, Guarulhos, na Grande São Paulo, segunda maior cidade do Estado e 13ª do país, com 1,2 milhão de habitantes, onde está o maior aeroporto internacional do país, não trata nem metade dos esgotos que lança no rio Tietê.
A propósito: sem seringas, termômetro, um medidor de pressão, um medidor de glicemia, alguns remédios, que é que se espera de um médico? Milagres?
15/08/2013
14/08/2013
13/08/2013
12/08/2013
11/08/2013
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