14/01/2013

Ella Fitzgerald




Nascida Ella Jane Fitzgerald em Newport News na Virgínia em 25 de abril de 1917 fez sua primeira apresentação como cantora aos 17 anos, teve uma carreira meteórica e profícua cantando junto aos maiores músicos e cantando os melhores compositores de sua época.
"I'm not a musician", dizia Ella Fitzgerald, lembro-me das primeiras vezes que ouvi sua voz, duas coletâneas, uma com dois discos com canções de Cole Porter e outra com três discos com composições de Ira & George Gershwin, e imagino que se ela fosse uma musicista que pedestal seria suficientemente alto para a elevarmos.
A forma lenta e arrebatadora como cantava Get Out Of Town ou o jeito absolutamente apaixonado que interpretava The Man I Love ou But Not For Me sempre me proporcionaram novas descobertas, dependendo da época que ela é ouvida novos detalhes, grandes e pequenos, se revelam guardando ainda mais um novo segredo para o futuro, para uma nova audição; alguns músicos são como grandes constelações e podemos gastar a vida toda tentando conhecê-lo e acabar nossa vida completamente ignorantes a seu respeito e sem conhecer toda a sua profundidade, Ella é uma dessas.
Como uma voz extremamente bonita e suave, Ella Fitzgerald não é uma voz que possa ser confundida com outras grandes intérpretes, voz única. Era notória sua habilidade de improviso semelhante a um instrumento de sopro. Sempre que a ouço me surpreendem os detalhes nas notas, desde os arranjos até às respirações forçadas ou pausadas. Ouvindo o que já conheço, descubro novidades, pequenos detalhes que, pelo menos nos últimos 30 anos, me escaparam e que sempre estiveram ali.
Colocar um álbum de Ella para tocar é aventurar-se por um mundo de descobertas, cada vez se encontra uma descoberta dentro de outra descoberta. A voz de Ella tem uma característica importante: precisa de tempo e espaço para ser ouvida, tempo e espaço para se mostrar. Vale a pena ouvir Porgy and Bess em parceria com Louis Armstrong e todas as peças gravadas com Oscar Peterson ao piano.

 Nessas últimas semanas estou ouvindo com mais atenção uns discos que se me apresentaram no começo do ano: coletâneas de Irving Berlin, Rodgers & Hart, Duke Ellington e Jerome Kern. Fantásticos!
Morta em 1996, cega e presa a uma cadeira de rodas por problemas agravados pela diabete, deixou-nos um legado insuperável em quantidade e qualidade.

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