06/02/2013

PETROBRÁS: a última trincheira?



A presidente da Petrobrás, Graça Foster, reconheceu ontem que 2012 "foi difícil" e que "2013 vai ser muito mais difícil ainda". Os termos mais adequados seriam: 2012 foi desastroso e o primeiro semestre de 2013 será pior ainda.
No início de 2012, quando Graça assumiu, disse que a administração anterior era a culpada pelo caos e tomou várias providências (entre elas assinar vários contratos superfaturados onde o beneficiário era seu esposo) e garantiu que, em 2012, a saúde da empresa seria restabelecida.
 Em pouco mais de um mês, a Petrobrás acumulou uma perda de R$ 30 bilhões em seu valor de mercado na Bolsa. A companhia encerrou o pregão com valor de R$ 224,8 bilhões, abaixo, portanto, do valor da empresa antes da megacapitalização de 2010.
Não é novidade que os sucessivos governos PTistas  tem feito política de controle da inflação à custa do caixa da Petrobrás com rombos que chegam a ser maiores do que o  lucro anual.
Um megaprodutor de petróleo como o Brasil, importou derivados para suprir a demanda interna e  pagou preços altos no mercado internacional, vendendo a preços mais baixos para garantir o controle da inflação (ao invés de administrar mais corretamente o caixa do governo federal). Os recentes reajustes da gasolina (6,6%) e diesel (5,4%) ficaram distanciados dos valores ideais para que a estatal repasse dentro do País os preços integrais pagos no exterior. Para Graça, o aumento propiciará uma "melhoria de caixa", mas "não o suficiente para dar o conforto da paridade" de preços.
Graça Foster, conhecida nos corredores da Petrobrás como Maria Caveirão.
Outro problema que diminui as expectativas de melhora é a queda de produção em 2012 (a meta de 2,022 milhões de barris/dia, será mantida, embora não tenha sido alcançada) não se deve só ao esgotamento de poços no pós-sal (Bacia de Campos) e a atrasos no desenvolvimento de outros, mas também à perda de eficiência operacional da empresa. Embora seis sistemas devam começar a operar em 2013, Graça avisa que não se pode contar com aumento de produção, devido à paralisação para reparos técnicos.

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