Paisagem rural holandesa
A presença dos holandeses no Nordeste do
Brasil durou pouco mais de vinte anos, mas deixou um legado histórico, cultural
e econômico que ainda fascina os interessados na história colonial.
Depois de duas tentativas de conquista
territorial na Bahia, em 1630 os holandeses conseguiram se fixar em Pernambuco,
o que proporcionou avanços no comércio com a Europa e também na área das
ciências e da cultura. Com a fundação da Companhia Privilegiada das Índias
Ocidentais (Geoctroyeerde West-Indische Compangnie) a Holanda ocupou uma parte
da maior colônia luso-espanhola das Américas, atraindo investidores que viviam
em Amsterdam.
Hoje a Holanda tem longa tradição no
exercício e defesa da democracia e do multilateralismo, comprovada pelas
importantes organizações internacionais com sede em Haia, demonstrando especial
sensibilidade para temas sociais.
Em 2007, o Brasil exportou para os Países
Baixos US$ 8,84 bilhões e importou cerca de US$ 1,11 milhões, o que permitiu ao
país alcançar o expressivo saldo comercial positivo de US$ 7,73 bilhões. Entre
os produtos comprados dos Países Baixos figuraram como principais:
medicamentos, óleo diesel, preparações para ração animal, sulfato de amônio e
produtos químicos.
Tradicionais parceiros comerciais, Brasil
e Holanda estão cada vez mais empenhados em estimular a cooperação científica.
Nesse âmbito, a Organização Neerlandesa para Cooperação Internacional em
Educação Superior (Nuffic), organizou nos mês de novembro último a visita de uma
missão de educação superior holandesa composta por representantes de nível
executivo de quinze universidades da Holanda, às cidades de Brasília, São Paulo
e Belo Horizonte, o evento reforçou a importância do intercâmbio educacional e
científico entre as duas nações e refletiu sobre as questões relativas à
internacionalização do ensino superior na perspectiva Brasil-Holanda.
Sete pontes em Amsterdam
Com 12 das 14 universidades de pesquisa alocadas entre as 200 do ranking das melhores universidades do planeta, a Holanda possui o segundo melhor sistema de ensino superior da Europa e o terceiro melhor do mundo segundo o Times Higher Education Ranking (2012). Um resultado impressionante para um país com apenas 15 milhões de habitantes e uma área territorial menor que o Estado do Rio de Janeiro.
O secretário de Estado de Educação,
Cultura e Ciência da Holanda, Sander Dekker, afirmou que países que trabalham
juntos são mais fortes. "Países sozinhos não podem resolver problemas
globais, para isso são necessárias cooperações internacionais, que contribuam
para a qualidade." Finalizando, revelou que estatísticas demonstram que
estudantes que vão cumprir parte de seus estudos no exterior melhoram bastante
seu desenvolvimento nas universidades.
Jardim holandês
A cooperação entre a Capes e a Holanda
começou em 2005, com memorandos de entendimento voltados a desenvolvimento de
projetos de pesquisa e mobilidade estudantil. Em 2012, foi lançado edital entre
a Capes, CNPq e a Nuffic para bolsas de graduação sanduíche na Holanda no
âmbito do programa Ciência sem Fronteiras. Participam desse programa 13
instituições e universidades holandesas. O saldo positivo do encontro foi
comemorado pelas universidades dos Países Baixos que já anunciam o interesse em
aumentar o intercâmbio com o Brasil a partir de 2013, além de, é claro, ampliar
a participação holandesa no programa Ciência sem Fronteiras. "O objetivo agora é trabalhar para desenvolver
os projetos discutidos durante a missão e aprofundar ainda mais as relações
entre o Brasil e a Holanda na área de educação superior", afirma a Nuffic
Neso Brazil.
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