Os relatos históricos das comemorações do Natal antecedem de 2 a 4 mil anos o nascimento de Jesus Cristo e mais do que uma data onde os interesses comerciais superam em muito a religiosidade, tem suas origens nas religiões pagãs da antiguidade.
Durante a desintegração do Império Romano,
muitos povos "bárbaros" que chegaram à Europa trouxeram consigo uma
série de tradições que definiam a sua própria identidade religiosa.
Na antiga Mesopotâmia era celebrado o festival pagão
do Zagmuk com
sacrifícios e oferendas. Passando pelas principais ruas da Babilônia eles
carregavam imagens do deus Marduk e a lenda dizia que, durante o solstício de
inverno, o rei deveria morrer ao lado de Marduk, para ajudá-lo na batalha
contra os monstros do caos e da escuridão. Para poupar o monarca do sacrifício,
um criminoso era vestido com suas roupas e tratado com todos os privilégios para
então, no final da festa, ser morto e levar consigo todos os pecados do povo. Um
ritual semelhante, conhecido como Sakā, também era realizado pelos persas.
Marduk, o Deus-Sol da Babilônia, e seu dragão Tiamat
A Grécia antiga também incorporou os rituais
estabelecidos pelos mesopotâmios ao celebrar a luta de Zeus contra o titã
Cronos. O costume alcançou os romanos, que passaram a realizar a Saturnalia (em homenagem a Saturno). A festa
iniciava em meados de Dezembro e decorria até o início de Janeiro. Mas outros
cultos existiam também, como é o caso do deus Apolo, considerado como Sol Invictus, ou ainda de Mitra, adorado como
Deus-Sol. Este último, muito popular entre o exército romano, era celebrado nos
dias 24 e 25 de Dezembro, data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento
da divindade.
Em
273, o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de
Dezembro: Natalis Solis Invicti (do latim, "nascimento do Sol
invencível"). Neste dia eram realizadas festas nas ruas e grandes jantares
com amigos. As árvores eram ornamentadas com galhos de loureiros e iluminadas
por muitas velas para espantar os maus espíritos da escuridão.
Hoje
o Natal não passa de uma data onde o comércio recupera os prejuízos do ano que
se acaba, nada de reflexões, sacrifícios ou arrependimentos, com o cartão de
crédito e os parcelamentos oferecidos o homem moderno quita os pecados
cometidos e tudo recomeça bem no ano que vem.
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