10/12/2012

Uma singela historieta das origens do Natal.



Os relatos históricos das comemorações do Natal antecedem de 2 a 4 mil anos o nascimento de Jesus Cristo e mais do que uma data onde os interesses comerciais superam em muito a religiosidade, tem suas origens nas religiões pagãs da antiguidade.
Durante a desintegração do Império Romano, muitos povos "bárbaros" que chegaram à Europa trouxeram consigo uma série de tradições que definiam a sua própria identidade religiosa.
Na antiga Mesopotâmia era celebrado o festival pagão do Zagmuk com sacrifícios e oferendas. Passando pelas principais ruas da Babilônia eles carregavam imagens do deus Marduk e a lenda dizia que, durante o solstício de inverno, o rei deveria morrer ao lado de Marduk, para ajudá-lo na batalha contra os monstros do caos e da escuridão. Para poupar o monarca do sacrifício, um criminoso era vestido com suas roupas e tratado com todos os privilégios para então, no final da festa, ser morto e levar consigo todos os pecados do povo. Um ritual semelhante, conhecido como  Sakā, também era realizado pelos persas.

Marduk, o Deus-Sol da Babilônia, e seu dragão Tiamat

A Grécia antiga também incorporou os rituais estabelecidos pelos mesopotâmios ao celebrar a luta de Zeus contra o titã Cronos. O costume alcançou os romanos, que passaram a realizar a Saturnalia (em homenagem a Saturno). A festa iniciava em meados de Dezembro e decorria até o início de Janeiro. Mas outros cultos existiam também, como é o caso do deus Apolo, considerado como Sol Invictus, ou ainda de Mitra, adorado como Deus-Sol. Este último, muito popular entre o exército romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de Dezembro, data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento da divindade.
Em 273, o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de Dezembro: Natalis Solis Invicti (do latim, "nascimento do Sol invencível"). Neste dia eram realizadas festas nas ruas e grandes jantares com amigos. As árvores eram ornamentadas com galhos de loureiros e iluminadas por muitas velas para espantar os maus espíritos da escuridão.
Hoje o Natal não passa de uma data onde o comércio recupera os prejuízos do ano que se acaba, nada de reflexões, sacrifícios ou arrependimentos, com o cartão de crédito e os parcelamentos oferecidos o homem moderno quita os pecados cometidos e tudo recomeça bem no ano que vem.

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